A camarinha é uma planta que apenas existe de forma espontânea em Portugal. É frequente em sistemas dunares ou em matas baixas dos pinhais. Tem um ordenamento limitado, estando designadamente delimitada à costa ocidental atlântica da Península Ibérica, e as ilhas açorianas de São Miguel, Graciosa, São Jorge, Pico e Faial, se bem que a camarinha açoriana é na verdade uma subespécie.
As suas flores brotam de Fevereiro a Maio, masculinas e femininas em plantas isoladas, a sua polinização é assegurada pelo vento. A ramagem solta um activo e admirável aroma parecido à do mel. Produz um pequeno fruto carnoso branco com apenas uma semente, que é comestível, e emerge de Julho a Setembro, constituindo um apetitoso banquete para animais silvestres e humanos.
Infelizmente, a camarinha é uma espécie em risco, devido ao grandíssimo potencial enquanto planta decorativa.
Antigamente, no nosso concelho, em Caminha, na Praia da Foz do Minho (protegida por um cordão dunar, que também a separa da Mata Nacional do Camarido e com um pequeno sector fluvial, no rio Minho, e outro oceânico com um crescente de dois quilómetros de areia fina, acabando a sul na Ponta Ruiva) existiam muitas camarinhas.
Hoje em dia é muito raro encontrá-las, por esse motivo, no Carnaval a nossa escola decidiu fantasiar-se de camarinhas e distribuir pela população serpentinas que apelassem à sua protecção. Ficámos muito contentes pelo feedback que recebemos, sobretudo pela população mais envelhecida, porque juntamente connosco lamentavam o declínio de tão bela e importante espécie.
Texto colectivo escrito pelos alunos do 1º, 2º, 3º e 4º anos
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