HÁ FOGO NA FLORESTA
Na negra escuridão
Uma luz um clarão
“É fogo é fogo”
Grita a multidão
Sirene a tocar
Bombeiro a partir
Fogo que alastra
Crepita medonho
No meio da serra
E a raposa mãe
Pelos filhos berra.
Árvores chorando
Folhas secando
Folhas sumindo
Na cinza do chão.
Labaredas mil
Crepitam no ar
E toda a floresta
Está a chorar.
A lagarta mole
Ficou derretida
Pois não teve fôlego
P’ra grande corrida
Fica em cinza transformada
Junto à doninha intoxicada.
Sobe no ar fumo negro sujo
E eu fico triste e
Fujo.
Choro de raiva
Choro de pavor
Caem dos meus olhos
Lágrimas de dor.
1 comentário:
Belo poema!
Uma forma interessante de sensibilizar para essa triste realidade recorrentemente verificada nonosso país...
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